Yvo Satoshi

As stablecoins podem ampliar o acesso da população a serviços financeiros, mas esse avanço pode enfraquecer o papel dos bancos centrais, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em um relatório de 56 páginas divulgado na quinta-feira (4), o FMI apontou a chamada “substituição de moeda” como um risco relevante ligado às stablecoins, alertando que esse processo pode, pouco a pouco, comprometer a autonomia financeira de diversos países.
No passado, quem desejava utilizar dólares precisava portar dinheiro físico ou abrir uma conta bancária específica. Hoje, porém, “as stablecoins conseguem se inserir rapidamente em uma economia por meio da internet e dos smartphones”, destacou a instituição.
Segundo o FMI, o uso de stablecoins atreladas a moedas estrangeiras — especialmente em transações internacionais — pode acelerar a substituição da moeda local e enfraquecer a soberania monetária, sobretudo quando utilizadas em carteiras digitais de autocustódia.
Isso reduziria a capacidade dos bancos centrais de controlar a liquidez interna e as taxas de juros, caso uma parte significativa da economia passasse a operar fora da moeda nacional. O relatório também observa que, se stablecoins estrangeiras se consolidarem nos sistemas de pagamento, alternativas domésticas como as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) podem enfrentar dificuldades para competir. Diferentemente das stablecoins privadas, as CBDCs são emitidas e reguladas diretamente por autoridades monetárias.
O FMI ressaltou ainda que o uso de stablecoins vem crescendo em regiões como África, Oriente Médio, América Latina e Caribe, em comparação aos depósitos em moeda estrangeira que tradicionalmente ajudam os bancos centrais a conduzir a política monetária. Em muitos casos, essa substituição é motivada pela busca de estabilidade em países com inflação elevada.
Atualmente, stablecoins ligadas ao dólar representam 97% de um mercado avaliado em US$ 311 bilhões, segundo dados da CoinGecko. Em contraste, stablecoins atreladas ao euro somam cerca de US$ 675 milhões, e aquelas vinculadas ao iene japonês apenas US$ 15 milhões.
Para preservar a soberania monetária, o FMI recomenda que os países adotem regras que impeçam ativos digitais de serem reconhecidos como moeda oficial ou de curso legal, evitando que sejam aceitos compulsoriamente como forma de pagamento.
O Banco Central Europeu também já havia alertado, em novembro, sobre os riscos das stablecoins em dólar, destacando que seu crescimento pode provocar saídas de depósitos de varejo e tornar o financiamento dos bancos mais instável.
Por outro lado, nos Estados Unidos, a recente legislação sobre stablecoins foi vista com otimismo por autoridades como o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Ele argumentou que a maior demanda por títulos públicos para respaldar esses ativos poderia reduzir os custos de endividamento do governo e, ao mesmo tempo, atrair milhões de novos usuários para o ecossistema digital baseado no dólar.

Bitcoin, il gigante delle criptovalute che per molti è sinonimo di libertà finanziaria, non è così sicuro come sembra, secondo un analista. Justin Bons, fondatore della società di investimento in criptovalute Cyber Capital, ha sottolineato che Bitcoin potrebbe essere diretto verso il suo stesso crollo. E non tra secoli, ma in un lasso di tempo molto più breve di quanto qualsiasi appassionato vorrebbe immaginare: tra il 2031 e il 2036.
In un recente post sul social network X, Bons ha spiegato perché vede un futuro preoccupante per la rete più popolare del mondo. Tutto deriva da una semplice matematica: il premio per il blocco diminuisce con ogni halving (meccanismo che regola l'emissione di nuovi bitcoin), e secondo i suoi calcoli, entro il 2036 i miner riceverebbero solo 0.39 BTC per blocco. A prezzi attuali, ciò si traduce in circa 2.3 miliardi di dollari all'anno per proteggere una rete che, entro allora, potrebbe avere una capitalizzazione di mercato nell'ordine dei trilioni. Il problema? Quella cifra, dice Bons, non sarebbe sufficiente a dissuadere i potenziali attaccanti. Bons è andato oltre. Ha avvertito che questa debolezza nel "budget per la sicurezza" potrebbe aprire la porta ad attacchi al 51%, un tipo di "hacking interno" in cui qualcuno prende il controllo della maggioranza della rete per manipolare le transazioni. Uno scenario che, sebbene improbabile oggi, potrebbe diventare più praticabile se gli incentivi economici a proteggere la rete si indeboliscono.