"Se você não tem ouro, não conhece a história nem a economia." - Ray Dalio
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Ray Dalio, o renomado fundador da Bridgewater Associates, voltou a expressar suas opiniões sobre o mercado de criptoativos neste último fim de semana. Durante uma entrevista com Nikhil Kamath, o bilionário detalhou os motivos pelos quais ainda considera o ouro superior ao Bitcoin. Embora tenha admitido manter uma pequena alocação de 1% de seu patrimônio na criptomoeda, Dalio aponta falhas estruturais que o preocupam.
O argumento central de Dalio reside na soberania do ativo: para ele, o ouro é o único bem que se pode possuir sem risco de manipulação ou controle externo. Em contrapartida, ele destaca que todas as transações de Bitcoin são rastreáveis. Governos possuem a capacidade de monitorar fluxos e, potencialmente, interferir neles, algo que não se aplica ao metal físico. Além disso, ele cita riscos técnicos, como a possibilidade de o sistema ser hackeado ou sofrer rupturas operacionais.
Devido a esses fatores, o autor dos best-sellers "Princípios" e "Como os Países Quebram" acredita que dificilmente veremos bancos centrais adotando o Bitcoin de maneira expressiva como reserva de valor. Dalio reforça que seu pessimismo, na verdade, é direcionado às moedas fiduciárias (dólar, euro, etc.), mas, na hora de escolher uma proteção, o Bitcoin não é tão atraente quanto o ouro pelas razões de segurança e privacidade citadas.
Contudo, a análise do texto original sugere que alguns pontos de Dalio são passíveis de debate. Por exemplo, relatórios recentes mostram que hackers norte-coreanos desviaram bilhões em criptomoedas em 2025, demonstrando que, mesmo com sanções, governos poderosos como o dos EUA têm dificuldades em bloquear certas movimentações. Além disso, a logística para transportar fortunas em Bitcoin é infinitamente mais simples do que mover ouro físico. Apesar disso, o desempenho de mercado atual favorece o metal, que acumula alta superior a 70%, contra uma queda recente do ativo digital.
Sobre as stablecoins, Dalio as classifica como úteis para transações ágeis, mas ineficazes como reserva de valor. Por serem pareadas a moedas estatais, elas sofrem a mesma desvalorização inflacionária e, diferentemente de títulos, não costumam pagar juros ao detentor — embora gerem lucros enormes para as empresas emissoras que investem o lastro. A conversa também abordou temas variados, como o futuro da Índia e mercados de previsão.
